ELEIÇÕES 2022

Eleições 2022: intolerância religiosa vai piorar seja qual for o eleito, diz pesquisadora

A pesquisadora Tayná Louise De Maria, doutoranda em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que a intolerância religiosa vai ficar mais forte depois das eleições deste ano.

Para ela, discursos e posturas da campanha do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), incentivam a perseguição aos seguidores de religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a umbanda.

Isso porque Bolsonaro tem associado de maneira negativa seu adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a demônios e correntes religiosas de matriz africana.

“A intolerância e o racismo religiosos vão tomar proporções maiores depois das eleições. Os fundamentalistas vão se sentir mais à vontade”, diz De Maria, que pesquisa o fundamentalismo cristão no Brasil.

Em agosto, por exemplo, a primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou Lula nas redes sociais por um vídeo em que o petista aparece sendo abençoado por mulheres de religiões afro-brasileiras.