“A etimologia da palavra é o ‘perdonare’ que, no latim tardio, tem o significado de doar. “No fundo, ao fazer isso você doa seu direito de estar ressentido com quem fez a agressão”, explica a psicoterapeuta especializada em relacionamentos familiares Lana Harari. Ou seja, abre mão de sentir-se vítima de um ato ruim.”
O ato do perdão é uma das mais relevantes e significativas formas de demonstrar evolução humana. Quer seja a psíquica, emocional, relacional ou a espiritual. Falar e se ressentir de algo, e mesmo sendo verdade, qualquer um faz isso. Porém, perdoar é para os fortes e integralmente evoluídos.
Nenhum ser humano tem prazer na mágoa. Ela se sustenta pelo orgulho ferido retroalimentado por revisitas mentais, e portanto emocionais, ao lugar da memória onde ficou registrado aquilo que fizeram e por quem se abriu a ferida que o tornou magoado. O seu poder poderá desencadear doenças e tornar inviável haver futuros relacionamentos pela dor e pela desconfiança latentes.
Decidir perdoar é um ato de dupla libertação. Primeiro na vida e alma de quem perdoa e segundo na de quem é alvo do perdão. Sob a ótica espiritual uma prisão nasce quando se guarda rancor e uma liberação surge quando o perdão é feito. Jesus perdoou Pedro três dias após este O negar e abandonar.
Perdoar traz paz ao espírito do perdoador e alívio ao objeto do seu perdão. Lembremos de que Jesus nos ensinou no Pai nosso a pedir que sejamos perdoados na mesma proporção em que perdoamos a quem nos feriu. O perdão restaura primeiro o ser perdoado devolvendo dignidade e paz. E coopera com isso para vir a tornar o perdoado em um ser humano melhor. Jesus deu o exemplo . Ele não só pregou sobre perdão. Ele perdoou seus assassinos, na cruz, já em Seu último suspiro. Sejamos assim!
Teobaldo Pedro,
servo de Jesus Cristo.