JUAZEIRO

Opinião: Quem matou a esperança do Brasil?

Quem matou Odete Roitman é irrelevante. Brasil, olha pra cima! Enquanto a Mídia brinca sobre quem matou a bilionária perversa da novela, o que é uma decisão exclusiva do autor da novela, eu pergunto: quem matou a esperança de mudança em boa parte dos brasileiros honestos e trabalhadores que há nesta valente nação?

Quem matou no coração de parte da nossa juventude a esperança em dias melhores e a fez optar viver na superficialidade da virtualidade, numa ilusão de conforto que esconde o vazio? Quem matou a esperança de tantas famílias que sonhavam sair do estado de pobreza, de miséria, mas se acostumaram a uma.vida de dependência, resignadas a manter apenas a sobrevivência e a se conformar com o que lhes é dado sem lutar por dias melhores? Quem matou a esperança do eleitor brasileiro de votar em alguém honesto, seja ele de direita ou de esquerda, acreditando que a realidade pudesse mudar em função disso? Quem matou a esperança do brasileiro de que o país possa ser ainda uma nação desenvolvida, capaz de oferecer dignidade, sobriedade, combate à corrupção, à violência, a toda forma de crime, sem conluio, sem manipulação, sem traição dos princípios?

E ainda assim, em meio ao cansaço, à frustração e à descrença que se instalaram, há uma voz silenciosa que insiste em nos lembrar que olhar para cima é possível, que a esperança não se extinguiu, mas aguarda ser despertada. Existe um convite para perceber que a transformação começa na fé que nos sustenta, na coragem que nos move, na persistência que nos leva a agir mesmo quando tudo parece perdido. Olhar para cima não é apenas um gesto simbólico, mas uma decisão de não se deixar dobrar pela mediocridade, de não aceitar a superficialidade como destino, de recusar que a apatia e a resignação substituam o desejo por justiça, por dignidade, por dias melhores.

O Brasil, assim como cada indivíduo, ainda tem a chance de se erguer, de reconstruir o que foi perdido, de celebrar cada conquista, de reacender a chama da esperança que insiste em permanecer mesmo onde tudo parece desmoronar. A mudança não virá de fora, não virá de promessas vazias, mas da decisão de cada um de acreditar que é possível lutar, criar, transformar. Enquanto houver corações dispostos a sonhar, a agir e a olhar para cima, a esperança não estará morta. Ela estará viva, irradiando força, fé e propósito, mostrando que, apesar de tudo, ainda podemos sonhar com um Brasil que seja digno de uma gente tão digna.

Teobaldo Pedro.
Juazeiro-BA.

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