Em 1962, um discurso inspirador de John F. Kennedy inaugurou a entrada dos Estados Unidos na maior aventura da história da Humanidade, a conquista da Lua. Cinquenta anos antes, imaginávamos se não existiriam oceanos com vida na superfície lunar. Constatamos que o satélite abrigava tão somente uma vasta imensidão estéril, após o pouso do módulo Eagle, em 20 de julho de 1969.
Cinquenta anos depois, celebramos o grande feito da Humanidade sem a presença de humanos em nosso astro vizinho. Queremos mudar isso para os próximos cinquenta anos. Por isso, estamos voltando nossas atenções novamente para a Lua .
A missão tripulada na década de 60 era revestida de grande importância na corrida espacial. Significava a esperança dos EUA em reverter os seguidos reveses frente ao programa espacial soviético. Mas o feito, de tão extraordinário, extrapolou a corrida entre potências.
Foi um marco definitivo na milenar tarefa dada à Humanidade que, de tempos em tempos, supera obstáculos tecnológicos. O programa resultou em novas tecnologias e na afirmação dos EUA como potência do mundo.
Muito mais do que isso, deu a oportunidade de relembrarmos a essência de nossa espécie em conquistar desafios cada vez maiores, além de criar espaço para refletirmos sobre a fragilidade de nosso planeta. Nada a representa melhor do que a perspectiva distante vista através dos olhos dos astronautas desde a superfície lunar.
Após cinquenta anos, a Lua volta a figurar em nossas ambições. Ela é rica em recursos naturais e deverá servir como trampolim para conquistas interplanetárias. Estamos falando de empresas privadas fazendo uso de recursos lunares para criar modelos de negócios economicamente sustentáveis.
Fonte: O Globo