O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) disse hoje (27), em transmissão feita ao vivo no Facebook, que o vídeo divulgado por ele em grupos de WhatsApp a apoiadores sobre um ato anti-Congresso é do ano de 2015. No entanto, a gravação conta com imagens da facada sofrida por ele durante o período eleitoral de 2018, quando Bolsonaro foi candidato à Presidência da República. Colunista do jornal O Estado de S. Paulo, a jornalista Vera Magalhães revelou que o presidente tem divulgado um vídeo de manifestação contra o Parlamento desde antes do Carnaval. “Ela [Vera] não mostra o vídeo. Ela printou o vídeo. A pessoa que passou pra ela, ela printou e passou o vídeo. O vídeo dela não tem nada a ver, porque conta minha vida, a facada”, disse Bolsonaro – referindo-se a um dos vídeos citados pela jornalista.
Bolsonaro atacou a jornalista e negou que a imagem seja atual. “A Vera mentiu. Eu quero que a Vera mostre o vídeo em que eu estou convocando as pessoas para isso”, afirmou. Logo depois, cita a segunda produção, que teria sido feita em 2015. O presidente, no entanto, não explica a relação com o que foi divulgado.
“Ela queria dar um furo de reportagem com o vídeo convocando para 15 de março, domingo, no afã de dar um furo e esqueceu de ver a data. Dá pra ver na minha cara que tô um pouco mais jovem. Cinco anos já faz uma certa diferença. Mais um trabalho porco que a mídia toda repercutiu”, acrescentou.
Um dos vídeos mostra imagens da facada sofrida por Bolsonaro, em setembro de 2018, durante a campanha presidencial. Há imagens dele no hospital e portando a faixa presidencial. “Tem um (vídeo) de 2015, que, por coincidência, no 15 de março houve um movimento, que foi num domingo”, afirmou o presidente. Em 2015, contudo, Bolsonaro ainda era deputado federal e a facada que ele sofreu foi em setembro de 2018.
Questionado se a polêmica pode atrapalhar votações de interesse do governo no Congresso, repetiu: “Estou aguardando a Vera mostrar o vídeo dela. E não vai mostrar, né? O caráter dela…”, nesse momento o presidente é interrompido por outra pergunta e não completa o raciocínio.
Fonte: Metro1