JUAZEIRO

Juazeiro: ‘Morte de paciente na UPA revela o descaso com a saúde’, afirma Allan Jones

O vereador Dr. Allan Jones falou na tarde desse domingo (7) sobre o caso do homem de 30 anos que faleceu na UPA de Juazeiro logo após ser diagnosticado através de teste rápido que estava infectado com covid-19, segundo a nota da SESAU a evolução no quadro de insuficiência respiratória foi rápida e não deu tempo de transferir o paciente para unidade hospitalar indo a óbito.

O Dr Allan Jones foi enfático e disse que Juazeiro precisa sim de um hospital de campanha ao contrário do que disse o vereador Anderson da Iluminação.

Em relação a esse último boletim passado pela secretaria de saúde em que um paciente na UPA de Juazeiro veio a óbito por conta de uma insuficiência respiratória rápida, como eles colocam aí, nos leva algumas reflexões: primeiro ao questionamento mais uma vez ou porque de maneira totalmente absurda, a cidade de Juazeiro não tem no hospital de campanha, mesmo tendo recebido só do governo federal quase cinco milhões, e com a programação para receber, eu acredito que nos próximos quatro meses são quatro parcelas quase R$19 milhões, R$18 milhões e meio em média, da mesma forma que mesmo a gente estando perdendo pacientes com insuficiência respiratória esse mesmo município sequer comprou um respirador artificial, e esse equipamento nesse momento aí para gente tentar estabilizar o paciente, fazer com que ele volte a respirar minimamente de forma suficiente é mais do que necessário a ventilação mecânica é mais do que necessária para que ele se mantenha vivo para que esse organismo tem a possibilidade de sair desse quadro grave.

Então Juazeiro teria que ter comprado respiradores artificiais. Juazeiro teria que ter feito hospital de campanha com respiradores artificiais, como monitores cardíacos com equipe previamente e de maneira planejada, preparada, ser treinada para poder assistir esses pacientes inclusive com fisioterapeutas especializados na parte respiratória, que é a chamada fisioterapia respiratória.

Do mesmo jeito que é o contrassenso é inadmissível a gente regular os nossos pacientes para o hospital que se diz de referência que o Hospital Regional de Juazeiro, que só tem tão somente, diferente do discurso propagado pela gestão, dito de forma reiterada pela gestão, que são 10 leitos funcionando o Hospital Regional tem somente sete leitos de UTI destinados para covid-19. Isso não só para assistir a cidade de Juazeiro, mas outros 53 municípios que fazem parte da rede PEBA.

Isso é algo desumano, indigno, até porque o hospital regional também recebeu nos meses de março e abril quase 2 milhões de reais mediante dos comprovantes que foram veiculadas nos meios de comunicação, para enfrentar e combater a covid-19 nesse momento da pandemia. Lá também não foi criado sequer um leito novo de UTI, e aí a gestão nos passou na reunião em que fizemos enquanto condição de saúde na última semana, a orientação do Governo do Estado de maneira absurda, volto a dizer, é a de que o paciente regulado para o Hospital Regional de Juazeiro tem uma orientação de ser regulado para cidades vizinhas que tenham leitos de UTI à disposição, por exemplo Paulo Afonso, Remanso ou até a capital baiana.

Isso demonstra realmente ações totalmente indignas, desumanas. Volto dizer porque se eu perdi um paciente tomando por base esse último texto na Secretaria Municipal de Saúde, exatamente porque ele evoluiu rapidamente para o quadro de insuficiência respiratória e ele estava tão somente na cidade de Juazeiro, imagina esse paciente tendo que se deslocar, desgastando durante a viagem independente de ser um translado terrestre ou aéreo, esse paciente no meio do caminho pode também evoluir para um quadro de insuficiência respiratória, sem o aporte dos hospitais emergenciais especializados e vir a óbito, infelizmente realmente morrendo à míngua, vou utilizar esse termo sem ter estrutura mínima para poder talvez se ressuscitado estabilizado e conduzido até o hospital de destino.

São ações como essas, que a gente vem discutindo e brigando, falando na mídia para que de maneira programada e planejada a gente se prepare para o pior, até porque o número de casos na última semana aumentou consideravelmente, e a gente tem que se preocupar também com essa reabertura gradual do comércio, logico que eu sou a favor mas de forma planejada e organizada com fiscalização séria e educada, não é fiscalização com brutalidade, é educando orientando as pessoas e tentando conscientiza-las.

Juazeiro já tem hoje na data de hoje dia 7 de junho de 2020 infelizmente 131 casos confirmados, e a gente espera que na próxima semana continue esse aumento, nessa condição, a gente precisa realmente enveredar esforços gastar com que tem que ser gastado, comprar respiradores artificiais, tem que procurar fornecedores onde quer que seja, em qualquer parte do mundo e nem que seja de menor porte, instalar um hospital de campanha, porque se a gente não precisar usar ou se a gente não precisar usar totalmente a sua capacidade, a gente tem que ao final agradecer a Deus e está com a consciência bem tranquila porque a gente fez a nossa parte.

Pior Será se a população realmente precisar e não tiver onde ser estabilizada, pior será que a população precisar e realmente não tiver como reverter, porque não houve investimento prévio um investimento planejado com aquisição desses equipamentos que indiscutivelmente salvariam vidas.

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