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Brasil tem 4ª maior taxa de desemprego do mundo entre 44 países, aponta ranking

Um ranking organizado pela agência de classificação de risco Austin Rating, com dados de 44 países, revela que o Brasil tem a 4ª maior taxa de desemprego entre as principais economias do mundo. Segundo o portal G1, o levantamento foi realizado com dados de países que já divulgaram dados oficiais referentes ao 3º trimestre deste ano.

Apenas Costa Rica, Espanha e Grécia registraram, em agosto, uma taxa de desemprego maior que a do Brasil.

Também segundo a publicação, a pesquisa feita pela Austin Rating aponta que o desemprego no Brasil é mais que o dobro da taxa média global e também o pior entre G20, grupo dos 19 países mais ricos do mundo e a União Europeia, que já divulgaram números relativos a agosto ou setembro.

Dos membros do G20, apenas África do Sul, Arábia Saudita e Argentina ainda não divulgaram números oficiais de desemprego no 3º trimestre.

Segundo a última pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o tema, no final de outubro, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 13,2% no trimestre encerrado em agosto, atingindo 13,7 milhões de trabalhadores. Antes da pandemia, o índice estava abaixo de 12%, saltando para 14,7% no 1º trimestre deste ano.

O levantamento da agência de classificação de risco ainda aponta que no conjunto de países do G20 para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a taxa de desemprego caiu para 5,8% em setembro, e agora está 0,5 ponto percentual acima do patamar anterior à pandemia, em fevereiro do ano passado – 5,3%.

Na zona do euro, a taxa ficou em 7,4% em setembro – retornando ao patamar pré-pandemia -, e nos EUA, o desemprego recuou para 4,8%, ante 5,2% em agosto. O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, avalia que o ranking é uma “fotografia clara” de quanto o Brasil está perdendo na geração de emprego.

“Entre esses 44 países estão concorrentes diretos e outros emergentes como Cingapura, Coreia e México. Nesses países, a taxa de desemprego chega a 4%, 5%, no máximo”, afirma. Para ele, o atual cenário do desemprego no Brasil é justificado por um período prolongado de baixo crescimento e por problemas estruturais históricos.

Contudo, ele ressalta que a recuperação do mercado de trabalho tem sido freada pela redução nas expectativas em relação à inflação e ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.

“Em 2021, se esperava uma retomada e uma perspectiva melhor, mas o que a gente vê é que, infelizmente, o Brasil cresce numa média muito menor que a dos países emergentes e também da média global”, afirma.

Por: BNews