Em entrevista, ontem, à rádio Som Maior, de Criciúma, Santa Catarina, Lula disse que sua candidatura ainda não é prego batido, ponta virada. E repetiu o que já falou tantas vezes:
“Eu ainda não me defini como candidato, porque estou esperando conversas com algumas forças políticas. Eu ainda quero fazer uma viagem pelo Brasil. Eu não quero ser apenas o candidato do PT, eu quero ser candidato de um movimento para restabelecer a democracia neste país”.
Embora enfraquecida e ameaçada por Bolsonaro e sua gangue, a democracia ainda resiste por aqui. Mas é sempre bom chamar a atenção para os riscos que ela corre. De volta a Lula:
“Quando eu decidir que vou ser candidato, a imprensa toda vai ser comunicada. Eu vou anunciar a chapa que a gente vai construir no Brasil, vou anunciar os partidos que vão estar conosco, e aí a eleição vai começar”.
A eleição já começou e segue polarizada por ele e Bolsonaro. Lula não vê nada demais nisso:
“É preciso parar com essa bobagem de achar que a polarização é ruim. Ela significa que as pessoas estão vivas, que elas têm lado, que defendem aquilo em que acreditam”.
Nos bastidores, Lula aumenta o tom e impõe condições para disputar a Presidência da República. Alguns já ouviram dele:
“Se for para trocar o vice, é bom o PT já procurar logo um novo candidato à Presidência”.
Com pompa e circunstância, o vice dos sonhos de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, se filiará, hoje, em Brasília, ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).
A chapa Lula-Alckmin será anunciada no fim de abril, se não desmoronar até lá.
Por: Blog do Noblat