JUAZEIRO POLÍTICA

Opinião: Andrei come prato dormido

Mais do que um título, esta é uma sentença: “Andrei come prato dormido”.

Os sonhos e promessas do então candidato Andrei Gonçalves evaporaram tão logo ele assumiu a prefeitura. E explicaremos o motivo.

A única iniciativa “inovadora” de sua gestão foi abandonar o Paço Municipal para alugar um prédio pertencente ao jogador Petrus, ao custo de R$ 3 milhões, contrato que atualmente se encontra “sub judice”. Além disso, as “línguas conversadeiras” de Juazeiro sugerem que esse aluguel poderia ser, na verdade, um retorno de favor por um empréstimo eleitoral.

Enquanto isso, o prefeito se ocupa nomeando desde “guris” até “tataravós” das velhas raposas da política juazeirense. No famoso “Senadinho”, circula até a anedota de um animal de estimação de um aliado do prefeito – um cão com nome de gente, devidamente registrado em cartório. A história fica ainda mais surreal: o bicho foi levado para nomeação, e só depois da publicação no diário oficial é que o Procurador, distraído, percebeu o engano. “Seria cômico, se não fosse trágico”.

O restante da gestão se resume a lamentações públicas sobre as mazelas deixadas por Suzana Ramos, enquanto celebra convênios que já haviam sido assinados na gestão anterior e aguardavam apenas liberação federal – como as unidades do Minha Casa, Minha Vida, UBSs e demais equipamentos agora vinculados ao “Novo PAC”.

Diante desse cenário, a sentença “Andrei come prato dormido” se justifica. Em quatro anos, sob a gestão de meninos, tataravós, parentes e aderentes dos mesmos de sempre, Juazeiro permanece refém de um ciclo vicioso:

– 5ª maior economia da Bahia, mas com a 5ª população mais pobre.
– 5º município mais violento do Brasil e 3º na Bahia.
– 7º município mais perigoso para mulheres.
– Altos índices de trabalho infantil, abuso sexual de crianças e adolescentes, ISTs entre jovens, analfabetismo e desemprego.

Infelizmente, o prefeito preferiu dobrar-se aos caprichos de seus aliados em vez de assumir a missão de transformar Juazeiro.

Um prato dormido pode matar a fome de quem precisa. Mas não é aceitável para a 5ª maior economia da Bahia. Juazeiro tem riquezas que nos permitiriam um “banquete à la carte” – mas seguimos sendo servidos com as sobras.

Célia Regina Carvalho
Munícipe de Juazeiro

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