Uma grave injustiça está prestes a ser cometida contra os profissionais da Atenção Básica à Saúde de Juazeiro e, consequentemente, contra toda a população que depende desses serviços. A atual gestão municipal, sob a liderança do prefeito Andrei e do secretário de saúde Helder Coutinho, pretende retirar um direito legítimo e conquistado há mais de sete anos: o auto gerenciamento de oito horas semanais para estudos, qualificação e educação permanente dos profissionais de saúde.
Um Direito Fundamentado e Reconhecido
Desde 2017, o município de Juazeiro, alinhado com o Ministério da Saúde, a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e o programa Mais Médicos, reconheceu a necessidade de garantir um tempo para que os profissionais da Atenção Básica pudessem estudar, atualizar-se e aprimorar suas competências. O próprio programa Mais Médicos já estabelece esse direito aos médicos da Estratégia de Saúde da Família, garantindo oito horas semanais para capacitação.
Se o governo federal compreende que o estudo contínuo é essencial para a qualidade do atendimento, por que a atual gestão municipal quer acabar com esse direito dos profissionais de saúde das Unidades Básicas de Saúde (UBS)?
Impacto na Qualidade do Atendimento
Tirar dos profissionais da Atenção Primária o direito de se qualificarem significa comprometer a qualidade do atendimento prestado à população. A saúde é uma área em constante evolução: surgem novas doenças, tratamentos e tecnologias. Sem atualização, o atendimento se torna defasado e menos resolutivo.
Essa capacitação não compromete o funcionamento das unidades, pois é organizada de forma que os atendimentos continuem sendo prestados. Esse modelo já funciona há anos e tem se mostrado eficiente.
Um Retrocesso na Valorização dos Profissionais
Além de retirar um direito histórico, a gestão municipal também pretende impor uma jornada desumana aos profissionais da zona rural, obrigando-os a trabalhar oito horas seguidas sem intervalo para descanso ou refeição. Isso não é apenas desrespeitoso, é ilegal! A Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garantem o direito ao descanso. Como um profissional exausto pode oferecer um atendimento digno e de qualidade?
Um Chamado à Luta
A população de Juazeiro não pode aceitar esse ataque à saúde pública! Os profissionais de saúde precisam ser valorizados, não explorados. Os vereadores e representantes da sociedade civil devem se posicionar contra esse retrocesso.
Faço um chamado a todos: servidores da saúde, representantes da classe trabalhadora, população de Juazeiro, unam-se nesta luta! Direitos conquistados não podem ser retirados!
Juazeiro merece profissionais qualificados, bem preparados e valorizados. A saúde pública precisa de respeito!